De frente aquela ponte eu a desejava, desejava enfim que junto a ela pudesse me misturar as águas. Traficando toda a dor tentava reverte-la , tentava transmiti-la a alguém de forma que eu mesma não sentisse mais. Queria apenas ser livre, livre de tudo e de todos. E que essa dor que transpira angustia me dê a liberdade, e leve consigo esse cheiro de solidão.
Olhos que trovejam malícia, era apenas o que eu conseguia ver. Inocência, como sinto falta de ver com tais olhos. Volte pureza, volte e diga que posso ser significativa novamente. Que o mundo caia mas traga de volta a mais bela inocência a todos nós. Meus lábios soam então palavras vazias de luxúria e vaidade quando na verdade só oque eu queria era voltar aos tempos em que tudo parecia mais puro, mais completo, mais meu.
Autora: Gabriela Resende

Nenhum comentário:
Postar um comentário